segunda-feira, 27 de abril de 2015

Educandos em processo de aprendizagem



        

Apresentamos alguns registros fotográficos e em vídeo do processo de aprendizagem mediado pelo Objeto Lúdico Perelmaniano em sala de aula durante a aplicação da proposta no 2º ano do Ensino Médio integrado ao Técnico em Mecânica e Informática para internet do IFPR - Campus Telêmaco Borba


Educandos em processo de exploração do monocórdio




























Educandos explorando o Monocórdio de Pitágoras
Educandos realizando registros das descobertas

Educandos buscando conceituar "O que é Som?"
Educando executando o tema da 9ª Sinfonia de Beethoven

O Objeto Lúdico Perelmaniano - Bases Conceituais



Compreendidas diferentes formas de se produzir um monocórdio, apresentamos a maneira que advogamos para sua utilização em sala de aula. Como Objeto Lúdico Perelmaniano.
Esta é uma proposta de ensino libertária, lúdica, centrada no educando, e ativa que se utiliza objeto incomuns em sala de aula para alcançar seus objetivos. Tem em suas bases os conceitos preconizados nos métodos ativos de educação musical, dentre eles destacamos Émile Jaques-Dalcroze (1965), Zoltán Kodály (1971), Edgar Willems (1969), Carl Orff (1976), Maurice Martenot (1957), Shinichi Suzuki (1994), John Paynter (2002), Ramond Murray Schafer (2001), Jos Wuytack (1994) entre outros. Também nas concepções de Paulo Freire (1998) sobre o protagonismo, liberdade e independência dos educandos para que se construam os conhecimentos. E ainda na ludicidade defendida por Yakov Perelman (1882 – 1942).
Consideramos que as atividades lúdicas são inerentes ao ser humano, e que a ludicidade é parte da base epistemológica humana, desde a pré-história. Sendo que nesta época haviam sinais da ludicidade ligada mais especificamente à cultura, à afetividade e ao lazer. As atividades lúdicas estiveram presentes desde a antiguidade, passando pelos períodos históricos, em cada um deles com objetivos e concepções complementares. (CABRERA, 2006)
A escola atual assemelha-se à um mosteiro, com horários rígidos onde se prega a disciplina e a ordem a qualquer custo, o divertimento foi excluído do aprendizado, o educando não tem a justa oportunidade de experimentar, e buscar a sua forma de construção do conhecimento em nome de uma urgência conteúdista, como compreende por Freire (1998) sem liberdade não há autonomia.
A liberdade de exploração permite que durante o contato, seja saciada a curiosidade, o professor toma postura de provocador, dando condições para que o educando produza a sua inteligência de maneira consciente e espontânea, neste ponto, o lúdico não se trata de mera diversão.

domingo, 26 de abril de 2015

Confeccionando um Monocórdio

         Podemos fazer um monocórdio didático de diferentes maneiras. Temos aqui dois vídeos que explicam passo a passo como fazer um monocórdio, com ou sem caixa de ressonância


          Acima temos um monocórdio com caixa de ressonância. A Caixa de Ressonância auxilia na propagação do som, prolongando a sustentação da nota tocada. 
            Abaixo temos um monocórdio sem caixa de ressonância:



Luteria: arte e física repassada de geração em geração

            Luteria possui uma variação em sua etimologia: do inglês (Britânico) Lute, do  italiano Liuto ou ainda do inglês (Norte Americano) All wood. E todas essas palavras possuem o mesmo significado: alaúde.  O alaúde é um instrumento de cordas que foi introduzido na Europa Ocidental pela cultura árabe, pois, estes além de possuírem o domínio politico da região também influenciaram culturalmente não só os territórios dominado e sim grande parte da Europa.  Assim como o alaúde vários instrumentos como, por exemplo, a rabeca, o saltério, a viola de arco, eram feitos manualmente por um artesão.
Alaúde Disponível em: http://goo.gl/nskOQN
Saltério Disponível em http://goo.gl/YXFbu8



Rabeca Medieval Disponível em http://goo.gl/GlJx0T


Viola da Gamba Disponível em http://goo.gl/7wujQ4






















            Atualmente esses artesãos, como eram chamados no período medieval, possuem outro nome: o luthier. Luthier é aquele que constrói instrumentos de forma artesanal. Para o luthier alcançar um alto nível de excelência e refinamento técnico é preciso que possua os conhecimentos em música, física, entalhe, tecnologia da madeira e desenho.




        Música para que conheça as possibilidades do fazer musical, tudo o que será exigido do instrumento por ele construído; na física deve conhecer especialmente os conceitos de acústica, projeção sonora, ondulatória etc.; entalhe para que consiga construir de maneira artística o instrumento pretendido; na tecnologia da madeira é exigido do luthier o conhecimento de densidade da madeira, corte, usinagem e trabalho da mesma para que alcance o resultado sonoro desejado; desenho para que possa minimamente esboçar  o instrumento que irá construir e também interpretar os desenhos de outros instrumentos.

 
Desdobre de uma tora em corte Radial, o que é utilizado 
para a confecção de instrumentos musicais 

            Esses conhecimentos eram transmitidos através da oralidade do mestre para seus aprendizes, mas, felizmente nos dias atuais existem cursos, palestras, workshops sobre luteria onde os professores (mestres) repassam as técnicas ao alunos (aprendizes) com base em livros, artigos científicos, periódicos. Não permitindo que esse conhecimento se perca com o decorrer do tempo.



Famoso violino Stradivarius com insígnias da família real britânica

            Instrumentos produzidos em série, visando o baixo custo e larga escala não levam em consideração especificidades construtivas, que propiciam um melhor timbre, acústica e outras características que auxiliam o musico a executar seu instrumento, por este e outros motivos que o ofício de Luthier continua a ser transmitido de gerações em gerações.