Compreendidas diferentes
formas de se produzir um monocórdio, apresentamos a maneira que advogamos para
sua utilização em sala de aula. Como Objeto
Lúdico Perelmaniano.
Esta é uma proposta de
ensino libertária, lúdica, centrada no educando, e ativa que se utiliza objeto
incomuns em sala de aula para alcançar seus objetivos. Tem em suas bases os
conceitos preconizados nos métodos ativos de educação musical, dentre eles destacamos
Émile Jaques-Dalcroze (1965), Zoltán Kodály (1971), Edgar Willems (1969), Carl
Orff (1976), Maurice Martenot (1957), Shinichi Suzuki (1994), John Paynter
(2002), Ramond Murray Schafer (2001), Jos Wuytack (1994) entre outros. Também
nas concepções de Paulo Freire (1998) sobre o protagonismo, liberdade e
independência dos educandos para que se construam os conhecimentos. E ainda na
ludicidade defendida por Yakov Perelman (1882 – 1942).
Consideramos que as
atividades lúdicas são inerentes ao ser humano, e que a ludicidade é parte da
base epistemológica humana, desde a pré-história. Sendo que nesta época haviam
sinais da ludicidade ligada mais especificamente à cultura, à afetividade e ao
lazer. As atividades lúdicas estiveram presentes desde a antiguidade, passando
pelos períodos históricos, em cada um deles com objetivos e concepções
complementares. (CABRERA, 2006)
A escola atual assemelha-se
à um mosteiro, com horários rígidos onde se prega a disciplina e a ordem a
qualquer custo, o divertimento foi excluído do aprendizado, o educando não tem
a justa oportunidade de experimentar, e buscar a sua forma de construção do
conhecimento em nome de uma urgência conteúdista, como compreende por Freire
(1998) sem liberdade não há autonomia.
A liberdade de exploração
permite que durante o contato, seja saciada a curiosidade, o professor toma
postura de provocador, dando condições para que o educando produza a sua
inteligência de maneira consciente e espontânea, neste ponto, o lúdico não se
trata de mera diversão.